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REVOLUÇÃO DAS LETRAS
João Drummond
A cidade escancara seus traços dementes
Pelas praças, ruas e becos se esgueirando
Sombras fugidias, espectros tremulando
Num desafio de choros e ranger de dentes.
Uma onda repugnante de maus presságios
Emergindo das entranhas de inóspitas cavernas
Das mentes deformadas que buscam subsídios
Nos antros, pocilgas, prostíbulos e tabernas.
Uma bebida forte, uma picada infecciosa
Um canto deprimente de sórdida ansiedade
E nas ruas congestionadas, veias da cidade
Brotam mutações de uma raça tenebrosa.
Um laboratório de crimes e maldades
De pequenos delitos aos mais hediondos
Entra em operação nas zonas das cidades
De valores morais e éticos moribundos.
Enquanto isto no Congresso e no Senado
Em sessões solenes de votação e mensalão,
Senador chama de Vossa Excelência, safado
Deputado chama Sua Excelência de ladrão.
Um assalto seguido de morte. Um seqüestro...
Relâmpago. Roubos, agressões, canto sinistro
Mulheres e crianças em pranto. No traçado...
Da cidade os eventos de um enredo desgraçado.
Mais um corpo caído, mais uma morte no beco
No turbilhão de carros e pessoas, vozes rendidas
Sons de varias dimensões, num canto grotesco
Sirenes em agonia cortam as ruas e avenidas.
Mas nos salões em festejos fantásticos, circulando
Entre luzes e medalhas, nobres damas e cavalheiros
Alheios aos cortejos dos mortos e seus coveiros
Comemoram em alto estilo... bebendo e dançando
Nos presídios, rebeliões, aulas de crimes e maldades
Suicidas, viciados em drogas, em estranho ritual
Pelas praças, desfilam bandos de bruxas e beldades
Trabalhadoras sem carteira a serviço do turismo sexual
Pela cidade perambulam fileiras descrentes
Desempregados, esfomeados, indigentes
Crianças abandonadas, meninas seminuas
Se vendendo por tostões no meio das ruas
Nos quartéis os soldados em eterna prontidão
A espera de um inimigo através das fronteiras
Quando uma guerra declarada contra o cidadão
Arrasta-se impune pelas ruas, praças e feiras.
Um ataque mássico coordenado em varias frentes
Sobre núcleos e sistemas de indecisa autoridade
Ordens impostas por criminosos de altas patentes
Cortam sem piedade as veias jugulares da Cidade
Mas a festa continua no salão dos "come-e-bebe"
Saindo do congresso, de mais um dia de votações,
Sanguessugas, mensaleiros, "é dando que se recebe"
Proclamam em alto brado seu rosário de orações.
Tragédias, castigos de voto sem consciência.
Um voto vale qualquer merreca ou besteira
Mas no Congresso, na Câmara, na Prefeitura
Um vampiro, leva as Instituições à falência.
Educação para o povo trás o voto consciente.
Seu voto por um trocado faz o político indecente.
Diz um velho ditado e a experiência confere,
"Cada povo tem o governo e a política que merece".
Diante de tais desafios o que fazer?
Se a lógica não nos aponta solução
Em sussurro fala a voz do coração
Revolução das letras, Batalha do saber.
João Drummond
A cidade escancara seus traços dementes
Pelas praças, ruas e becos se esgueirando
Sombras fugidias, espectros tremulando
Num desafio de choros e ranger de dentes.
Uma onda repugnante de maus presságios
Emergindo das entranhas de inóspitas cavernas
Das mentes deformadas que buscam subsídios
Nos antros, pocilgas, prostíbulos e tabernas.
Uma bebida forte, uma picada infecciosa
Um canto deprimente de sórdida ansiedade
E nas ruas congestionadas, veias da cidade
Brotam mutações de uma raça tenebrosa.
Um laboratório de crimes e maldades
De pequenos delitos aos mais hediondos
Entra em operação nas zonas das cidades
De valores morais e éticos moribundos.
Enquanto isto no Congresso e no Senado
Em sessões solenes de votação e mensalão,
Senador chama de Vossa Excelência, safado
Deputado chama Sua Excelência de ladrão.
Um assalto seguido de morte. Um seqüestro...
Relâmpago. Roubos, agressões, canto sinistro
Mulheres e crianças em pranto. No traçado...
Da cidade os eventos de um enredo desgraçado.
Mais um corpo caído, mais uma morte no beco
No turbilhão de carros e pessoas, vozes rendidas
Sons de varias dimensões, num canto grotesco
Sirenes em agonia cortam as ruas e avenidas.
Mas nos salões em festejos fantásticos, circulando
Entre luzes e medalhas, nobres damas e cavalheiros
Alheios aos cortejos dos mortos e seus coveiros
Comemoram em alto estilo... bebendo e dançando
Nos presídios, rebeliões, aulas de crimes e maldades
Suicidas, viciados em drogas, em estranho ritual
Pelas praças, desfilam bandos de bruxas e beldades
Trabalhadoras sem carteira a serviço do turismo sexual
Pela cidade perambulam fileiras descrentes
Desempregados, esfomeados, indigentes
Crianças abandonadas, meninas seminuas
Se vendendo por tostões no meio das ruas
Nos quartéis os soldados em eterna prontidão
A espera de um inimigo através das fronteiras
Quando uma guerra declarada contra o cidadão
Arrasta-se impune pelas ruas, praças e feiras.
Um ataque mássico coordenado em varias frentes
Sobre núcleos e sistemas de indecisa autoridade
Ordens impostas por criminosos de altas patentes
Cortam sem piedade as veias jugulares da Cidade
Mas a festa continua no salão dos "come-e-bebe"
Saindo do congresso, de mais um dia de votações,
Sanguessugas, mensaleiros, "é dando que se recebe"
Proclamam em alto brado seu rosário de orações.
Tragédias, castigos de voto sem consciência.
Um voto vale qualquer merreca ou besteira
Mas no Congresso, na Câmara, na Prefeitura
Um vampiro, leva as Instituições à falência.
Educação para o povo trás o voto consciente.
Seu voto por um trocado faz o político indecente.
Diz um velho ditado e a experiência confere,
"Cada povo tem o governo e a política que merece".
Diante de tais desafios o que fazer?
Se a lógica não nos aponta solução
Em sussurro fala a voz do coração
Revolução das letras, Batalha do saber.
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